Você já deve ter ouvido falar de Big Data, certo? Já deve ter lido, inclusive, artigos nos quais tratamos um pouco sobre o tema. Contudo, é possível que ainda não saiba bem o que é Big Data e para que serve. É o caso? Então, este conteúdo é para você!
O que é Big Data?
O termo surgiu em 2005, graças ao Google, e, três anos depois, ganhou bastante notoriedade quando o Yahoo mudou a plataforma Hadoop para Open Source.
Se jogarmos “Big Data” no Translator, o resultado será “grandes dados”, mas Big Data é um troço bem mais amplo, e, para começo de conversa, pode ser definido como uma combinação de dados — estruturados, semiestruturados ou não estruturados — coletados por organizações, das mais diversas formas e origens, cujas possibilidades de uso são quase infinitas, acredite.
Os dados extraídos podem ser empregados em soluções de machine learning, por exemplo. Ou predictive modeling. Ou, ainda, para a criação de aplicativos e sistemas capazes de fazer os mais avançados — e úteis! — tipos de análises.
De maneira bem resumida, o Big Data é um ótimo caminho para que as empresas utilizem dados — coletados em redes sociais, transações financeiras, gôndolas de mercado etc. — para alcançarem insights capazes de ajudá-las a tomarem decisões melhores.
Sacou?
E se engana quem pensa que os dados só começaram a ser gerados pela humanidade recentemente. Nada disso! Sempre fomos uma inesgotável fonte de dados, de rastros e pegadas. Há séculos. A grande diferença é: graças à tecnologia que temos ao nosso alcance, hoje nos tornamos capazes de coletá-los e utilizá-los com mais inteligência.
Grosso modo, o Big Data se baseia em 3 grandes passos: coletar, gerenciar e analisar. E, para cada uma dessas etapas, existem diversas técnicas e ferramentas nas quais você precisa se especializar se quiser entender o tema com profundidade.
Os 3 V´s
Dificilmente você vai ouvir alguém falando sobre Big Data sem mencionar os 3 V´s. Pois se tratam das chaves para a real compreensão do termo e das variáveis que interferem nele. São eles:
Volume
A quantidade de dados sempre será um fator de suma importância. Dados que pipocam sem parar neste planeta, vale dizer, como os relativos a fluxos de cliques em um site ou aplicativo, interações feitas em um perfil de rede social ou capturados pelo sensor de um equipamento que não desliga nunca, saca?
Quando o assunto era volume, falávamos de Megabytes e Gigabytes. Depois, passamos a falar de Terabytes, Petabytes, Exabytes, Yottabytes… Percebe como o volume de dados que geramos vêm crescendo vertiginosamente e é ponto central no Big Data?
Velocidade
Quando se trata de business, aguardar 5 minutos pode ser demais para algumas empresas. Quanto mais próximas ao tempo real certas coletas e análises são feitas, melhores tendem a ser os resultados. Ponto.
Por isso, a velocidade necessária à coleta e administração de dados é ponto cada vez mais crucial à eficiência e ao destaque dos mais diversos tipos de fluxos empresariais, de análises de fraudes a liberações de pagamentos.
Variedade
Tem até quem chama Big Data de Any Data (qualquer dado), e o motivo é simples: hoje já contamos com a capacidade de coletar e analisar todo tipo de dado: estruturados e não estruturados, feitos por palavras, do produto de sensores e navegações na Web… Dados em áudio, vídeo, extraídos de catracas, centrais de ar-condicionado, perfis de LinkedIn… E por aí vai, e vai longe!
Ah, e muita gente agora fala em 5 V´s, incluindo Valor e Veracidade.
Valor
As infos coletadas pelas soluções de Big Data precisam ser mais do que meros dados, devem agregar valor real aos negócios.
Neste mundo de fake news em que as pessoas são bombardeadas por informações 24 horas por dia, é preciso aprender a separar o ouro dos grãos de areia para não acabar investindo tempo e energia em coisas erradas, incapazes de gerar retorno.
Veracidade
É importante que as soluções de Big Data sejam capazes de limpar, correlacionar e combinar as infos a fim de gerar uma análise confiável.
Por que é tão importante e para que serve?
Por que é tão importante? Bom, as empresas usam Big Data em seus sistemas com o intuito de otimizar as operações, dar um atendimento melhor ao cliente, criar campanhas de marketing personalizadas e realizar outras ações com potencial para elevar a receita e os lucros.
Empresas que usam Big Data de maneira mais eficaz têm, sem dúvida alguma, vantagem competitiva em comparação às que não usam. Pois, entre outras coisas, elas se tornam capazes de tomar decisões de negócio mais embasadas e ágeis. Andar à frente da concorrência.
Uma empresa pode, por exemplo, utilizar Big Data para entender melhor seus clientes, dos sonhos que eles têm aos lugares que frequentam, e, com base nisso, criar campanhas de marketing mais eficientes, com maior grau de personalização — formato que tende a ter maiores taxas de engajamento e conversão. Saca?
Uma análise de dados inteligente e em tempo real torna uma empresa capaz de acompanhar a evolução dos desejos e preferências de seus clientes, tornando-a mais responsiva e assertiva em cada ação.
Big Data também tem grande utilidade para médicos, pesquisadores e cientistas, auxiliando na identificação de sinais de doenças e fatores de risco, por exemplo.
Ou mesmo na identificação precoce de surtos de doenças infecciosas, que pode ser feita por meio da coleta e cruzamento de dados advindos de registros eletrônicos de saúde, redes sociais, web e outras fontes com potencial para fornecer infos relevantes sobre a saúde de uma região, estado, país…
Acha que para por aqui?
Nada disso! Big Data pode ajudar empresas de gás a identificarem locais com potencial para perfuração, pode auxiliar empresas de petróleo no monitoramento de operações em dutos… Pode ajudar empresas do ramo financeiro no gerenciamento de risco e na análise, em real time, de dados essenciais do mercado.
Quer mais?
No segmento de transporte e logística, Big Data tem papel importantíssimo no gerenciamento de cadeias de suprimentos e na otimização de rotas de entrega.
Sem contar o uso de Big Data em cidades inteligentes, né? Mas isso fica para um próximo artigo, mais específico sobre o tema.
Quais as top ferramentas de Big Data
Apache Hadoop
Cloudera
HPCC
Knime
MongoDB
Pentaho
Rapidminer
Sisense
Storm
Tableau
Watson Analytics
Quer trabalhar com Big Data?
Neste mundo que gera cada dia mais dados, Big Data não para de crescer. Sendo assim, tem aumentado também a demanda por profissionais com conhecimento na área.
E que tal ser um deles? Que tal se especializar para trabalhar com coleta, análise e geração de resultados com dados?
Você pode iniciar sua trajetória optando por cursos, como, por exemplo, os promovidos pela Udemy. Lá você achará vários módulos que trataram somente de Big Data.
Mas você pode ir ainda mais a fundo, optando por se formar como tecnólogo em Big Data. Fazendo, por exemplo, o curso Tecnologia em Big Data e Inteligência Analítica da PUCPR.
Começar se formando em engenharia ou análise de dados também é uma opção interessante, para construir uma base de conhecimento sólida desde os primeiros passos.
Então, depois de entender bem as áreas de atuação possíveis no segmento, que são muitas, vale especializar-se numa. Ter um foco é fundamental para aumentar suas chances de alcançar o sucesso.
E assim que tiver algum conhecimento, além de montar um CV que o represente, construa um portfólio capaz de demonstrar suas aptidões ao mundo. Já falamos disso num post sobre desenvolvedor mobile.
Além disso, não deixe de se cadastrar no banco de talentos da Mazzatech. Assim você será direcionado a vagas adequadas aos seus propósitos e contará com o acompanhamento de carreira necessário para prosperar no segmento.
Tem uma empresa e quer aplicar o Big Data nela?
A primeira coisa que você deve fazer é entender que precisa criar uma cultura data driven, isto é, orientada por dados.
A utilização de dados para embasar decisões e ações precisa se tornar uma premissa, o mindset padrão do seu business, de cada funcionário.
Depois, você precisa se fazer as questões primordiais e dedicar tempo e energia para chegar às respostas certas.
Perguntas como: quais os desafios da empresa que podem ser resolvidos com ajuda do Big Data? Quais as oportunidades podemos aproveitar melhor se implementarmos uma cultura data driven? E por aí vai!
Daí, com as respostas na ponta da língua, você terá a definição das áreas que mais se beneficiarão da tecnologia e, por consequência, promoverão os melhores resultados.
Então vem uma diretriz essencial: busque profissionais com conhecimentos na tecnologia e capacite seus colaboradores.
Além de optar por consultorias como a Mazzatech, realmente capazes de encontrar profissionais sob medida para seu negócio e necessidade, vale dar aos seus funcionários a chance de adquirirem conhecimento no segmento.
É importante dizer que o ideal é contar com profissionais com noção de Big Data em cada área da empresa.
Invista também na reciclagem e criação de processos, inevitáveis caso queira que a cultura data driven seja duradoura e não apenas um modismo.
E tenha uma coisa sempre em mente: você vai errar algumas vezes até acertar. Como em tudo na vida.
Precisará fazer ajustes nos processos ao longo do caminho, com a certeza de que o aperfeiçoamento é um ato contínuo e imprescindível, sem data para findar.
Bora colocar a mão na massa então… Ou melhor: nos dados!