Guia completo sobre a profissão Desenvolvedor Mobile

Preparamos um material com tudo que precisa saber sobre a carreira de desenvolvedor mobile. Além de um breve panorama sobre o uso de apps no Brasil, você entenderá o que esse profissional faz, quais conhecimentos ele precisa ter, quanto ganha e muito mais! Além, claro, de dicas valiosas para se tornar um e arrumar o primeiro emprego. Bora lá?

 

Aplicativos: as pessoas têm usado mesmo?

 

Houve um tempo em que os celulares só faziam ligação, mandavam SMS e possuíam joguinhos rudimentares, como o da cobrinha. Lembra? Ficou para trás, porém.

Hoje, no mundo da IOT e da IA, são chamados de smartphones, e, além dos telefonemas que quase não fazem mais, permitem que os usuários realizem compras, consultem rotas, ouçam música, usem redes sociais e muito mais! Tudo por meio de apps. Para todos os gostos e necessidades.

Apps sem os quais muita gente não sabe mais viver, vale dizer. Aqui no Brasil, inclusive. Para ter uma noção, segundo um estudo feito em 2021 pela App Annie, agência focada no mercado mobile, o Brasil já foi o país com a maior média de tempo gasto em apps.

Segundo eles, quando os dados foram coletados, o brasileiro passava cerca de 5.4 horas por dia usando aplicativos. Seguido pelo indonésio (5.3 horas) e indiano (4.9 horas).

Não podemos descartar a influência da pandemia nos resultados. Afinal, a pesquisa foi feita no primeiro semestre de 2021. Mas e os estudos mais recentes, o que mostram?

Num relatório feito em junho deste ano (2022) pela Mobile Time junto com a Opinion Box, dados sobre o uso de apps por brasileiros com smartphones chamam bastante atenção:

– 98% já instalaram apps

– 60% já fizeram compras por app

– 47% já realizaram algum curso remoto via aplicativo

– O Instagram está na tela inicial do smartphone de 46% dos brasileiros

Precisa dizer mais? Não há dúvida de que os aplicativos chegaram para ficar, de que já são parte importante da rotina das pessoas, do entretenimento ao campo profissional. Em todas as áreas.

Sendo assim, faz todo sentido afirmar que o profissional por trás do desenvolvimento de apps está surfando a onda certa. Não é mesmo?

Com certeza! Uma onda que só tende a crescer. Por isso, agora que sabemos o quanto os apps já fazem parte do dia a dia humano, vamos falar um pouco da rotina de quem os desenvolve. Pode ser?

 

O que o desenvolvedor mobile faz?

 

Como já mencionamos acima, o desenvolvedor mobile tem a função de desenvolver aplicativos e sistemas para dispositivos móveis. Muitas vezes em conjunto com uma equipe. Ele pode atuar com programação nativa ou usando outras linguagens.

Portanto, além de precisar ser criativo, também necessita de muito conhecimento técnico, foco, vontade e resiliência para solucionar os inevitáveis problemas e desafios que surgirão.

E se engana quem pensa que criar um app é algo simples e feito do dia para a noite. Nada disso!

Antes de qualquer coisa, na etapa da concepção, é preciso pensar e repensar na real funcionalidade e atratividade do aplicativo, ou seja, se de fato as pessoas terão interesse nele, se ele realmente agregará algo que os concorrentes ainda não conseguiram e por aí vai.

Nesse primeiro momento, quando a coisa ainda está no campo da ideia e precisa de validação, entrevistar os potenciais usuários costuma ser fundamental para decidir se vale mesmo dar um passo adiante e investir tempo e energia no projeto.

Daí, caso o público-alvo demonstre interesse no futuro app, começa o desenvolvimento. Processo no qual o dev precisa manter em mente a importância de dar uma boa experiência ao usuário. É sempre majoritariamente sobre isso.

Não basta ser bonito e ter um design legal: um app precisa ser fácil de usar, pra lá de intuitivo, ou as pessoas vão abandoná-lo e desinstalá-lo no primeiro aviso de memória cheia.

Criar um aplicativo exige, antes de tudo, que o profissional se coloque no lugar dos usuários, que consiga vestir os sapatos deles, entender como pensam e agem, do que precisam. Entende?

“Quais são as dores e necessidades que eles têm e meu app vai resolver?”, essa é a pergunta do milhão. Ou mais, né? Pois caso você consiga resolver uma dor comum que ninguém mais conseguiu, especialmente se for de maneira fácil e acessível, um aplicativo pode ser bem rentável, acredite.

Mas não pense que para por aí: depois de encarnar seu público-alvo, vem a parte técnica, na qual você, com base em tudo que deseja proporcionar, precisa, grosso modo, idealizar, construir, configurar e testar a arquitetura, todos os mínimos recursos e funcionalidades do app.

E quais os tijolos principais que usará na construção? Linguagens de programação, ora!

Linguagens mais usadas pelo desenvolvedor mobile

 

JAVA

HTML5

OBJECTIVE-C

PYTHON

SWIFT

 

Além de saber linguagens e ter outras hard skills, de quais outras habilidades um dev mobile precisa?

 

Soft skills (habilidades comportamentais)

 

Entender de comportamento humano

Criar um app exige, antes de tudo, que tenhamos algum conhecimento do comportamento humano, das dores e sonhos das pessoas. Aplicativos foram feitos para resolver problemas, entreter, facilitar rotinas, encurtar caminhos… E só conseguirá criar algo realmente interessante e usual aquele que entender as verdadeiras necessidades das pessoas.

 

Boa capacidade de comunicação

Você não vai trabalhar isolado numa caverna ou dentro de uma bolha blindada. Terá colegas de trabalho, será parte importante de equipes, possuirá chefes. Então, é fundamental que desenvolva sua capacidade de se expressar de maneira clara e eficiente. Seja falando, seja escrevendo.

 

Organização

Você terá prazos. E só conseguirá atingi-los com muita organização. Ponto. Vale estipular metas temporais para cada pequena etapa do projeto, não apenas à conclusão. Há várias ferramentas e métodos de gerenciamento de tempo e projetos. Teste bastante e escolha o que mais se adequar às suas necessidades.

 

Saber trabalhar em equipe

Você não estará sozinho sempre. Em muitos momentos, precisará jogar junto com seu time. Afinal, mesmo o Romário da época de ouro precisou de sintonia com os colegas de equipe para alcançar a vitória. O trabalho muitas vezes lhe parecerá solitário, é verdade, mas nunca se esqueça de que será sempre parte de algo bem maior.

 

Ser multitarefa

Você será responsável por diversas etapas da criação de um aplicativo, certo? Então ser multitarefa é fundamental. Simples assim.

 

Possuir capacidade analítica

Você vai precisar analisar tudo que é possível de ser melhorado no aplicativo, e como isso pode ser feito com a ajuda dos recursos disponíveis. Por isso, ter boa capacidade analítica é importantíssimo. Capacidade de olhar o detalhe do código, as minúcias da linguagem, mas também o macro, o quadro todo e os porquês de cada engrenagem.

 

E o salário do desenvolvedor mobile, como é?

 

De acordo com o site Glassdoor, no Brasil, o salário médio de um desenvolvedor mobile é R$ 5.148,00 por mês. Podendo chegar, até, a R$ 34.334,00. Baita variação, fala aí.

Um desenvolvedor mobile pode ganhar até mais do que isso. Cada projeto é um projeto, afinal. Sem contar a possiblidade de trabalhar para empresas no exterior recebendo em dólar ou libras, por exemplo.

O importante mesmo é ter paciência e a consciência de que, como em qualquer profissão, vamos galgando degraus lentamente de acordo com nossa experiência e conhecimento técnico adquirido na jornada.

 

Como arrumar o primeiro emprego depois de se capacitar?

 

“Tá… Mas como arrumar o primeiro emprego sem ter experiência?”, é a pergunta que muitos programadores fazem após o período de capacitação, quando já têm conhecimento suficiente, porém, ainda não atuaram na área.

Complexo, né? Nem tanto! Pois é possível, sim, arrumar um emprego como desenvolvedor mobile mesmo sem experiencia na área. A gente precisa começar de algum lugar, certo? Todo mundo precisa dar o primeiro passo mercado adentro, é assim em qualquer profissão.

Como?

Bom… Vamos aos principais pontos:

 

Crie um portfólio

 

Por mais que você tenha conhecimento técnico e as skills necessárias, que seus professores tenham afirmado que é uma promessa e tanto, vai precisar comprovar que suas habilidades são reais e aplicáveis, que está realmente preparado ao trabalho “pra valer”.

Aí que entra o tal do portfólio, seu maior carimbo de qualidade no período sem experiência comprovada.

Nele, você vai inserir todos os projetos que julga interessante, os aplicativos e sistemas que desenvolveu, tudo que fez e é capaz de expor aos entrevistados suas aptidões, a base sólida que vêm construindo com muito estudo e dedicação.

Vale dizer, também, que é importante montar um portfólio organizado e claro, tudo nomeado e no devido lugar, para facilitar a vida da pessoa que vai fazer sua avaliação e, de quebra, demonstrar que você preza pela organização.

E não se esqueça de revisar, viu? Porque vai pegar bem mal se o recrutador encontrar erros na hora da entrevista, se algum projeto não estiver funcionando corretamente, por exemplo. Revise com atenção, dedique tempo a isso. Se puder, peça ajuda de outro profissional também.

Por fim, e não menos importante, coloque seus projetos no GitHub, uma plataforma bastante conhecida por todos do mercado. Dessa forma, os recrutadores poderão ver os códigos dos seus projetos, fator essencial para analisarem suas skills técnicas e entenderem como programa.

 

Monte um currículo

 

Muitos profissionais novos acreditam que ter um currículo não é necessário, que basta um portfólio. Ledo engano!

Ter um CV é importante. E, além de construir um no modelo tradicional, em PDF, a melhor plataforma para fazer o seu é o LinkedIn, a maior rede social voltada a ambiente de negócios, mercado de trabalho e network.

Comece inserindo uma foto, sério. Pode parecer básico, quase redundante, mas perfis com foto são 14 vezes mais acessados do que os sem. Uma foto que demonstre algum profissionalismo, por favor. Não vá colocar uma foto sua com a cara suja de bolo, tomando cerveja no bar da esquina… LinkedIn não é Instagram!

Em seguida, capriche no resumo sobre você. Pois é comum que o recrutador comece por ele e descarte seu perfil de cara caso não encontre as informações que está buscando. Coloque suas skills, formação, o que busca etc.

Se puder, faça uma versão em inglês também, especialmente se você tem planos de trabalhar no exterior.

Além disso, é importante que você preencha todos os campos do perfil. Recrutadores não têm bola de cristal e precisam saber tudo que sabe.

Outra coisa que aumenta a força do seu CV são os certificados. Então, se já tem alguns, coloque-os. Se não tem, corra atrás. Certificados são sinônimo de autoridade e farão toda a diferença na sua avaliação.

Mais uma coisa boa do LinkedIn é o fato de a rede permitir a inclusão de projetos que foram feitos no GitHub. Aproveite!

 

Não vá à entrevista sem preparação

 

Sim, é possível se preparar a uma entrevista mesmo sem conhecer o recrutador.

Comece entrando no site da empresa, nas redes sociais dela. Leia notícias relacionadas a ela também. Entenda o segmento de atuação, os concorrentes, as características do mercado, tudo que puder.

Pesquise também os projetos que eles já fizeram, baixe os aplicativos, mergulhe no universo deles.

Tudo isso poderá fazer muita diferença na hora da entrevista. Demonstra que tem real interesse na vaga e evita saias justas.

Além disso, uma forma de se preparar à entrevista é fazendo uma análise franca dos seus pontos fortes e fracos, das skills em que se destaca e daquilo que precisa melhorar. Dessa maneira, caso alguma pergunta relacionada a elas venha a surgir, você terá a resposta na ponta da língua.

Mais uma? Mantenha-se por dentro do universo da programação, em contato com as tendências e assuntos relacionados à tecnologia — não apenas ao desenvolvimento mobile.

O que não faltam são sites como nosso, dispostos a fornecer informações gratuitas e relevantes àqueles que querem se manter atualizados sobre TI.

Redes sociais como o Instagram podem ser ótimas ferramentas também, basta seguir os perfis certos. No perfil da Mazzatech, por exemplo, toda semana você tem acesso a notícias sobre tecnologia escritas de forma clara e leve. Use e abuse!

 

Conte com empresas especializadas em RH para TI

 

O mercado está cheio de empresas de RH. Mas poucas são, de fato, especializadas em TI.

Poucas têm o conhecimento necessário para entender suas aptidões, seu propósito e seus sonhos, e encontrar uma vaga sob medida para você, para seu exato momento de carreira e vida. Mesmo que esteja apenas nos primeiros passos.

A Mazza é, com certeza, uma delas. Faz isso há 15 anos, e tem, como um dos diferenciais, o acompanhamento do candidato após a contratação, ajudando-o a sempre se manter no caminho certo, evoluindo na profissão e no mercado.

E o melhor: o processo é muito simples e gratuito: basta inserir seu CV no site deles. Pronto. Aí, no momento em que surgir uma vaga com a sua cara, você receberá um contato.

É uma empresa especialista em criar matches perfeitos entre empresas e profissionais de TI, pode confiar.

Bons estudos e boa sorte!

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Escrito por: admin

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