5 hábitos das pessoas bem-sucedidas

Começo do ano, o momento perfeito para inserir hábitos novos e com potencial para melhorar muito a sua vida, inclusive no âmbito profissional. Seja você uma programadora dando os primeiros passos, seja você o CEO de uma startup promissora… Tanto faz! Pois falaremos de hábitos capazes de facilitar a construção de jornadas de sucesso, no sentido mais amplo da palavra, muito além de dinheiro e carreira. Hábitos que são, se pensar bem, pilares — pela importância que têm para uma vida equilibrada, a verdadeira chave do sucesso.

 

Antes de mais nada, o que é um hábito e quanto tempo levamos para construí-lo?

 

Grosso modo, um hábito nada mais é do que uma rotina de comportamento. Um modo regular de fazer alguma ação. Algo executado com constância, e que, justamente por isso, torna-se orgânico, cada vez mais automático e simples. Saca?

Tomar uma xícara de chá todos os dias antes de dormir, por exemplo. Ou lavar primeiro as axilas no banho de cada dia. Ou… Você entendeu!

Não apenas entendeu, mas, se fizer uma breve reflexão, garanto que será capaz de reconhecer vários hábitos em sua rotina. Uns positivos e outros negativos, claro. Afinal, a perfeição só existe nos filmes — e olhe lá!

O fato é: certos hábitos, de acordo com a ciência, têm a capacidade de trazer incontáveis benefícios para diversas áreas da vida humana. E, geralmente, não se tratam de atitudes mirabolantes, de dificílima execução, conhecidas apenas por seitas secretas do Nepal. Nada disso!

Na imensa maioria dos casos, acredite: os melhores hábitos são simples e de fácil realização, não exigindo grandes investimentos de tempo nem de grana.

Mas mantenha um fato em mente: um hábito não se cria do dia para noite. Não existem pílulas mágicas nem receitas milagrosas para isso. Exige, antes de tudo, determinação e tempo.

Quanto tempo?

Bom… De acordo com o cirurgião plástico e psicólogo Maxwell Maltz, cuja teoria foi muito difundida nos anos 60, o cérebro humano precisa de, no mínimo, 21 dias para se adaptar às mudanças.

Muitos coaches, inclusive, basearam-se nesse número para criarem suas técnicas de autoajuda.

Em 2012, a Univesity College, de Londres, fez um estudo interessante sobre o tema, chegando à conclusão de que precisamos de 18 a 254 dias — 66 dias, em média — para transformar um novo objetivo ou atividade em ação automática.

Sendo assim, fica difícil cravar o tempo exato que um indivíduo necessita para criar um novo hábito. Há muitas variáveis e particularidades envolvidas no processo. Como insistência, determinação, habilidades e contexto. Compreende?

Contudo, mantendo os pés no chão e levando em conta a existência de fatores que não podem ser medidos sem um estudo individualizado, o que você precisa saber é: criar ou abandonar hábitos é coisa que pode ser alcançada pela maioria das pessoas num intervalo de 2 a 8 meses.

Por isso, para que daqui a no máximo 254 dias a sua vida ficar ainda mais leve e equilibrada, mais produtiva e nos eixos, aí vão alguns hábitos que as pessoas de sucesso têm comum.

 

Hábitos das pessoas bem-sucedidas

 

1. Autocuidado

 

De nada adiantará se tornar uma faixa-preta em Python e um Jedi em Java se sua saúde — física e mental! — não estiver nos trilhos.

Se por excesso de tempo em frente ao computador ou desleixo com a alimentação, por exemplo, acabar doente ou mentalmente desequilibrado, independentemente das suas skills, o trabalho não renderá, não tem jeito.

Seu corpo é seu templo, não é isso que dizem? É sua ferramenta de trabalho mais importante, é seu verdadeiro hard e software. Por isso, antes de pensar em incluir qualquer outro hábito, faça-se o favor de acrescentar os que vão contribuir com a melhora de sua saúde mental e física. Repito!

Sabe aquele papo de ser uma versão melhor de você todo dia? O autocuidado é essencial para conseguir dar os primeiros passos.

Recomendar uma alimentação equilibrada e exercícios físicos é chover no molhado, eu sei. Todo mundo sabe disso de cor e salteado, até mesmo extraterrestres e capivaras. Mesmo assim, tenho certeza de que conhece muita gente que não consegue escapar do sedentarismo e do fast food. Acertei?

Gente inteligente, inclusive.

E o motivo, a meu ver, é o extremismo na hora de fazer mudanças. Explico: a pessoa passa anos sem sequer subir uma escada, apenas circulando entre o sofá da sala e o carro, daí, do dia para noite, por causa de um amigo que infartou ou texto como este, resolve mudar. Da água para o vinho. Ou melhor: da cachaça com torresmo para só salada com quinoa. Não é assim?

Esse tipo de mudança é tão drástica, porém, que não dura nem uma semana. A coisa se torna insustentável, não dá nem tempo para o corpo assimilar e virar um hábito sustentável.

Isso quando, no caso dos exercícios físicos, por exemplo, não acaba numa lesão com direito a cirurgia e muletas, né? Pois a pessoa que não ousava nem caminhar até a esquina para comprar pão, depois de uns vídeos motivacionais baratos, encarna o Rambo, mete uma porrada de suplementos para dentro, e começa a fazer CrossFit 7 vezes por semana. Aí já viu… O joelho estala, ligamentos afrouxam, coluna trava…

Então, para a inclusão de uma rotina mais saudável para seu corpanzil, com direito a atividade física e alimentação balanceada, além da ajuda de profissionais, o que é primordial, você precisará ter paciência. Começar do primeiro degrau, de leve. E, de passinho em passinho, ir aumentando o sarrafo, a dificuldade das metas.

Ou acha que um maratonista começou correndo 42,195 quilómetros? Nunca! Tudo começa com um passo, com uma caminhada de 20 vinte minutos 3 vezes na semana, com uma colherada a menos de arroz no almoço e uma porção a mais de legumes no jantar. Tudo começa com uma simples — porém efetiva — enviesada à direção certa, com a certeza de que, se você mantiver a disciplina e a frequência, a constância, atingirá a sua meta. Neste caso, ter uma saúde melhor. Certo?

E se engana quem pensa que somente alimentação e exercícios são suficientes para uma saúde plena: pequenas ações como sorrir mais, por exemplo, podem contribuir muito. Algumas pessoas bem-sucedidas, inclusive, têm o hábito de começar todos os dias com um sorriso, faça chuva ou faça sol. E isso, de acordo com a ciência, já faz um bem danado.

Ter um hobby também. É sério. Seja tocar um instrumento, seja pintar telas, seja escrever… Não importa! Mas você precisa encontrar alguma coisa que de fato o cativa e separar um tempinho semanal para ela. Reduz o stress, ajuda a espairecer a mente.

Sem falar da importância da terapia, né? Pois, quando o assunto é saúde mental, poucas ferramentas são tão efetivas quanto ela. Não é coisa de louco, como muitos pensam. Longe disso. Trata-se de um ótimo caminho para o autoconhecimento, o próximo grande hábito das pessoas bem-sucedidas.

 

2. Autoconhecimento

 

A gente vive pensando em maneiras de aprimorar nossos conhecimentos técnicos, cursos que nos ajudarão a programar melhor, a alcançar as hard skills que o mercado pede. Certo?

Mas, para sermos profissionais de alto valor, de verdade, precisamos investir nosso bem mais preciso — o tempo! — também em coisas que vão nos ajudar a compreender melhor quem somos.

Pois, só assim, entendendo do que somos compostos, conseguiremos reagir com sabedoria às mais diversas situações que não estão sob nosso controle.

O campo profissional, assim como todos os outros, exige controle emocional, e só é possível alcançá-lo se você investir em atividades que vão permitir que se entenda melhor.

Você sabe quais são seus pontos fracos e fortes? Sabe quais são seus temores e sonhos? Tem refletido sobre isso?

Pois saiba que fará total diferença na maneira como se comunica com o mundo, no jeito que reage quando algo foge do seu controle. Saca?

Você precisa se entender, saber quantas horas de sono precisa para ter um bom desempenho no dia seguinte. Precisa compreender que tipo de ambiente o ajuda a produzir melhor, quais são os conteúdos que o inspiram, quais são os momentos do dia em que está mais apto a fazer tarefas que não exigem criatividade.

Precisa compreender quais os fatores externos — desentendimentos no relacionamento, por exemplo — tiram seu foco. Mais do que isso: precisa compreender como usar seus recursos emocionas para seguir em frente, mantendo a produtividade, mesmo quando algo dá errado em alguma área da sua vida.

Por isso, reforço: faça terapia, busque conteúdos — livros, podcasts, mentorias — capazes de aumentar a sua compreensão sobre a matéria da qual você é feito.

E vou além: conhecer-se melhor também significa refletir acerca dos seus propósitos, clareza do que o move, dos porquês por trás das suas escolhas, falas, atitudes etc.

Autoconhecimento é a chave para dominar suas emoções, para aprender usar mais a razão em momentos em que a emoção tem potencial para congelá-lo.

 

3. Organização

 

Pessoas bem-sucedidas são organizadas. Ponto. E isso vai muito além de manter seu ambiente de trabalho organizado e a cama arrumada.

A produtividade depende muito do controle que você tem da sua rotina, dos seus horários, da maneira como se divide entre as muitas tarefas profissionais e não profissionais.

Você precisa aprender a planejar seu dia, a ter controle sobre sua agenda, a não diluir suas energias em tarefas que não lhe trarão o retorno esperado.

O simples fato de você cozinhar no domingo para não ter que se preocupar com alimentação durante a semana, por exemplo, já pode facilitar muito a sua vida.

A boa notícia é que existem diversos apps e técnicas — como a pomodoro — capazes de ajudá-lo na busca por uma rotina mais equilibrada, que lhe dará a leveza necessária para render mais. Já até demos dicas aqui no blog para devs estimarem melhor o tempo investido numa tarefa.

E nunca podemos negligenciar a importância da organização financeira, um dos pilares mais importantes da organização. A meu ver, deveria ser matéria obrigatória em qualquer escola, logo nos primeiros anos de ensino. Aí vai uma dica de livro sobre o tema.

De que adianta pegar projetos que lhe darão ótimos retornos financeiros se não sabe o que fazer com o dinheiro, se não tem controle algum do que entra em sua conta?

Organização é o segredo para estabelecer prioridades, para não se doar demais a atividades que pouco ajudarão no alcance de suas metas.

Antes de começar a trabalhar feito um louco, como um robô, você precisa criar mecanismos para visualizar seu dia, seu mês, seu ano, o lugar em que quer se ver no futuro.

Essa coisa de deixar a vida nos levar só funciona para o Zeca Pagodinho. Se é que funciona mesmo para ele, né?

É você quem precisa ditar como quer levar a vida, onde quer chegar e quais degraus escolherá para chegar até lá.

 

4. Tempo de qualidade com família e amigos

 

Muita gente peca nesse ponto, acredite. Não é incomum ver pessoas que se atiram de cabeça no âmbito profissional e acabam se esquecendo da importância de passar períodos com as pessoas que amam.

Pode até parecer contraditório para os workaholics de plantão, mas passar um tempo com sua namorada, com seus amigos e com sua família é algo crucial para alcançar a plenitude.

Um tempo, vale dizer, sem celular, longe dos e-mails e das muitas pendências do mundo corporativo. Tempo de qualidade, entende? Com foco total no cultivo das relações essenciais ao nosso equilíbrio emocional.

Relações, vale ressaltar, que funcionam muito bem para recarregar nossas energias, aumentando nossa disposição para todo tipo de tarefa.

Sei que a vida está corrida, que os prazos estão sempre apertados. Mas sempre é possível encontrar uma brecha para uma cerveja com os amigos do peito, para um jantar a dois com a pessoa que fisgou seu coração, para comer um bolinho da casa dos seus avós se tiver o enorme privilégio de ainda tê-los.

Perdi as contas dos empresários que, no fim da vida, arrependeram-se de não terem acompanhado o crescimento dos filhos, de terem deixado de lado a esposa e os amigos. Gente que só foi bem-sucedida no campo profissional, ou seja, sucesso meia-boca.

 

5. Reclamar menos e agir mais

 

Reclamar é um vício. Tão nocivo quanto cigarro e bingo. Não resolve problemas. Pelo contrário: toma o tempo e o foco necessários para encontrarmos soluções.

Sobre este tema, inclusive, eu já até escrevi um texto, que aqui cairá como uma luva para refletir sobre este hábito tão nocivo quanto tomar Coca-Coca no café da manhã. Aí vai:

Muito se fala sobre os males de certos vícios, especialmente ilícitos.

Há um, porém, contra o qual venho lutando desde o começo de 2022, que precisa ganhar mais atenção. 

É gratuito, afinal. E muita gente nem sequer nota que tem. E piora muito a qualidade de vida de quem cai nele. 

Tô falando do vício em reclamar. Sério. A gente começa se queixando de um negocinho aqui, um trocinho acolá, e, de repente, sem dar conta, passamos a achar tudo chato, frio, sem gosto, triste, errado, impossível…

O clima, o job, a música, o papo, a roupa, o trânsito, a ideia, o final do filme… Nada parece bom. E, sem notar, metralhando frases embebidas em amargura, afastamos aqueles que veem a beleza à qual damos as costas por fitar apenas ângulos negativos. 

E só piora. Uma hora você nem sabe mais por que tá reclamando, apenas segue, no automático, preenchendo lacunas de conversas e pensamentos com “deu tudo errado”.

Daí, além de passar a ser visto como uma cia ruim, bad vibes total, você começa a se envenenar. E tudo vai piorando, até mesmo aquilo que nem estava ruim. Ciclo vicioso, manja?

“Então você tá dizendo que nunca podemos reclamar, que devemos passar o dia dizendo ‘gratidão’?”, alguém pode questionar.

Não!

Pois entre o craqueiro da reclamação e o rei da positividade tóxica existe espaço para aprender a reclamar menos, de maneira mais consciente e menos compulsiva, sempre racionalizando se o fato é mesmo um problemão que merece suas palavras e energias. 

Sei que comparações são perigosas, que só a gente sabe o que sente, mas, às vezes, é bom olhar para o lado também. Tem gente passando fome, afinal. E cidades sendo bombardeadas. E… Percebe?

Este ano, por causa da covid, um músculo das minhas costas pifou. Pode demorar anos para voltar. Tive que recalcular rotas por isso. Mas, quer saber? Reclamar não vai ajudar. E ainda tenho o resto do corpo funcionando.

Aliás, transformar situações indesejadas em piada é um ótimo caminho. Experimente.

Experimente, também, falar bem das coisas; da beleza de uma flor, do gosto do café, da colega de trabalho que o ajudou, de você mesmo! Vicia também. Deixa tudo muito mais colorido, mais produtivo. Faz bem à saúde, até.

 

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Escrito por: Ricardo Coiro

Depois de anos como diretor de mídia, auxiliando clientes a aparecerem nos melhores canais de comunicação, resolvi me dedicar integralmente à produção de conteúdo, às palavras pelas quais sou apaixonado desde meu primeiro caderninho.

Escrito por: Ricardo Coiro

Depois de anos como diretor de mídia, auxiliando clientes a aparecerem nos melhores canais de comunicação, resolvi me dedicar integralmente à produção de conteúdo, às palavras pelas quais sou apaixonado desde meu primeiro caderninho.

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