Sustentabilidade é um dos principais tópicos do estudo
As descobertas recentes envolvendo o mundo da robótica e da inteligência artificial quebraram barreiras antes inimagináveis. Há robôs em diversas áreas hoje em dia, desde a produção industrial à limpeza do lar. Em 2022, por exemplo, uma pesquisa da VDMA (Associação Alemã de Fabricantes de Máquinas e Instalações Industriais) destacou que havia mais de três milhões de robôs operando em fábricas ao redor do mundo.
O crescimento da área e o desenvolvimento da tecnologia começaram a trazer um sentimento de otimismo por parte das pessoas, inclusive os brasileiros. Uma grande parcela da sociedade acredita que os robôs poderão ter sucesso em áreas que os humanos falharam.
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Estudo confirma pensamento do brasileiro
A confiança na tecnologia não é meramente um caso de achismo. Segundo um estudo da Oracle e Pamela Rucker, consultora de CIO e instrutora de Desenvolvimento Profissional de Harvard, as pessoas afirmam que estão cansadas do progresso lento e quase nulo que a sociedade está fazendo no que se refere a iniciativas sociais e de sustentabilidade.
Muitos acreditam que as empresas têm discursos prontos, mas na hora da ação, o fazem com extrema lentidão, isso quando não esquecem dos dizeres na primeira oportunidade. A partir disso, os entrevistados creem que é a partir da tecnologia que as coisas podem melhorar, dando oportunidades para os robôs agirem no lugar dos humanos.
Chamado de “No Planet B”, o estudo conversou com mais de 11 mil consumidores e líderes de companhias em 15 países diferentes, incluindo o Brasil. Uma das resoluções apresentadas é que muitos empresários têm a falsa impressão de que é necessário escolher entre lucro e sustentabilidade. É nesse caso que a robótica poderia fazer uma grande diferença, já que ela seria direcionada para ações específicas, tirando das mãos dos humanos.
Brasileiros querem melhorias mais claras
Falando em números, a pesquisa feita pela dupla Oracle e Pamela Rucker destacou alguns pontos interessantes. Pegando carona nos anos de 2020 e 2021, o tópico sustentabilidade e iniciativa social se tornou ponto de discussão e cobrança perante as grandes corporações. Isso inclui as chamadas Big Techs, que trabalham com a tecnologia mais avançada do mercado.
Para começar, 89% dos brasileiros disseram que os eventos relacionados à pandemia de Covid 19 os fizeram mudar suas ações. 96% acreditam que a sustentabilidade se tornou mais importante do que nunca.
Infelizmente, 93% creem que a sociedade não fez progresso o suficiente, nos colocando em uma situação desconfortável para um futuro melhor. 42% dos entrevistados apontaram que isso é resultado de as empresas focarem mais em lucro de curto prazo do que o de longo prazo. O pior é o número direcionado ao motivo de egoísmo e preguiça para salvar o planeta: 39% das pessoas têm essa visão pessimista.
Como solução, 89% acreditam que seria possível fazer mais progresso em diversas frentes se tivéssemos a ajuda de inteligência artificial ou da tecnologia de robótica. No geral, 70% creem que os robôs teriam sucesso em todos esses casos nos quais os humanos falharam.
Por fim, quando falamos de lideranças, o estudo apontou que 98% dos líderes de grandes marcas confiariam muitos de seus negócios a bots ao invés de um humano para tomar decisões sobre sustentabilidade e iniciativa social. O motivo disso é que 58% dos chefes acreditam que os robôs são melhores para coletar dados sem erros, prever resultados futuros e tomar decisões racionais e imparciais.
Vale a pena apostar nos robôs?
Se você já está acostumado a usar um bot, como o ChatGPT da OpenAI ou o Copilot da Microsoft, então já deve ter notado que vale muito a pena direcionar alguns esforços para a inteligência artificial.
É claro que nem tudo pode ser feito pelos robôs, mas pensar de maneira racional e imparcial é algo que eles fazem muito bem. Nesse caso, começar uma campanha de sustentabilidade em uma empresa a partir de um bot não é nem de longe uma má ideia. Mesmo assim, mais cedo ou mais tarde, uma mão humana terá que surgir para direcionar as ações.
Ao enfatizar os esforços de uma marca para a iniciativa social, uma empresa só tem a ganhar. Para encerrar, fique com esse último dado para entender a relevância do conceito: 85% dos entrevistados do estudo “No Planet B” estariam dispostos a abandonar uma marca que não trabalha com força para melhorar o planeta e o dia a dia de seus funcionários.
