5 tendências que serão destaque no mundo da tecnologia em 2023 (Parte1)

2022 já está praticamente no fim. “Adeus ano velho…” Falta pouco para nos vestirmos de branco e celebrarmos a virada de mais uma página. Então, para ficar por dentro das tendências tecnológicas para 2023 e já ir pensando em formas de aplicá-las em seu negócio, fizemos uma lista bem especial para você.

 

1. Inteligência Artificial

 

A IA estava em quase todas as listas de tech trends feitas no ano passado. E no retrasado. Já até falamos dela por aqui, num texto sobre as áreas que mais cresceram durante a pandemia.  E ela segue em alta, pode apostar. Sabe por quê? Porque ela está cada vez mais acessível e tem real interferência em nosso cotidiano, na forma como vivemos, trabalhamos e nos divertimos.

O novo normal contém IA.

Já pensou no quanto ela já está presente no seu dia a dia? Em forma de Alexas, de smart TVs, app de rotas de trânsito, smart houses…

Está em todas as partes e, segundo o futurista Bernard Marr, ganhará ainda mais espaço em 2023. Nos seguintes pontos:

Democratização da IA

 

Uma tecnologia só atinge seu potencial máximo quando se torna acessível à parte considerável da população. Especialmente, a empresas e organizações. E, ao que tudo indica, isso já está acontecendo com a IA.

Basta pensar nas sugestões de texto automáticas que reduzem nossa necessidade de digitação em pesquisas ou construção de e-mails.

Ou mesmo nos apps que possibilitam a criação de relatórios complexos com um mero clique no mouse.

Está cada vez mais fácil de criar aplicativos, mesmo àqueles que não são ninjas na programação. Afinal, o número de plataformas sem código — ou com pouco código — só cresce.

Sendo assim, quase qualquer pessoa pode desenvolver, testar e implementar soluções baseadas em IA usando interfaces simples. De arrastar e soltar. Ou com a ajuda de assistentes virtuais. Saca?

Um bom exemplo é o SwayAI, focado no desenvolvimento de apps corporativos de IA. Ou o Akkio, com o poder de desenvolver ferramentas de previsão e tomada de decisão.

Esse processo acelerado de democratização da IA permitirá que empresas superem os desafios inerentes à escassez de profissionais com conhecimentos avançados em softwares de IA. E o resultado disso será ainda mais Inteligência Artificial em nossas vidas.

 

IA generativa

 

Quando o assunto é Inteligência Artificial, a maior parte das pessoas pensa na automatização de tarefas rotineiras e repetitivas. É isso que vem à sua mente também?

Não deixa de ser um dos usos mais comuns da tecnologia, é verdade… Mas existe um ramo da IA voltado à criação de ferramentas que permitem imitar o que o ser humano tem de mais único: a criatividade.

Algoritmos generativos de IA usando vídeos, imagens, sons e até códigos de computador para desenvolver conteúdo completamente novo, que nem sequer existiu no mundo não digital.

Já parou para pensar no quanto isso é louco?

Até mesmo a fala e a escrita humana já estão sendo criadas de maneira quase indistinguível por modelos de IA generativa. Inclusive para fins duvidosos, como deepfakes — tipo os do Tom Cruise que bombaram no TikTok em 2021.

E não pense que a IA generativa será usada apenas para gerar riso e engajamento nas redes sociais. Nada disso! Empresas de diversos segmentos poderão encurtar processos, eliminando a necessidade de captar filmes e falas em vídeo.

Bastará digitar o que você quer que seu público veja e ouça e as ferramentas darão conta do recado. Simples assim. Assustador assim…

 

Inteligência Artificial explicável e ética

 

A inteligência artificial precisa coletar dados para aprender, certo? Dados pessoais muitas vezes. Então, para que ela siga avançando em todas as esferas da sociedade e não seja vista como uma inimiga, a chave é o estabelecimento de relações mais confiáveis — e claras — entre as empresas e os usuários das ferramentas.

Se o público geral não confiar na tecnologia, ela não conseguirá crescer. Pelo contrário: perderá espaço para a desconfiança.

Sendo assim, em 2023, a tendência é que as empresas façam esforços de comunicação para deixar claro como as ferramentas funcionam. Como e quais dados acessam, como tomam decisões e por aí vai.

Em nome da confiabilidade, a “caixa preta” das tecnologias precisará ser aberta. E exposta em detalhes. De maneira fácil de entender até mesmo por leigos no mundo tech.

A ética também deve entrar em pauta. Afinal, sistemas cada vez mais automatizados tendem a gerar menor necessidade de mão de obra humana. Compreende o ponto e os dilemas?

Então, essa coisa que para muitos ainda é um robô de sete cabeças a fim de roubar nossos empregos e dados mais privados, deverá ganhar tons mais transparentes e éticos se quiser seguir prosperando. Ou terá sempre o mesmo teto: o exército de desconfiados que ainda veem a tecnologia como um inimigo, e não como o eficiente facilitador que ela de fato é.

 

Trabalho em conjunto com robôs e smart machines

 

Como já foi abordado no tópico acima, robôs e máquinas inteligentes podem eliminar a necessidade de mão de obra humana. Em apenas alguns casos, porém.

Pois, na maioria das situações, o que veremos são pessoas e máquinas trabalhando em conjunto, em prol de processos mais eficientes, velozes e, por consequência, rentáveis.

Por isso, a habilidade de trabalhar em parceria com smart machines será cada vez mais indispensável, um grande diferencial no CV de qualquer um. Pois trabalhar em equipe, em muitos casos, significará realizar tarefas em conjunto com pessoas e robôs.

Sei que muitos filmes distópicos nos deixaram com medo de nos tornarmos escravos e bichinhos de estimação de nossos próprios criações tecnológicas. Eu sei… Contudo, pelo menos em 2023, ainda seremos os líderes, e as máquinas servirão apenas aos nossos propósitos, sem inversão de papéis.

Um exemplo?

Elas poderão fornecer dados, em tempo real, capazes de ampliar nossa segurança. Como identificar fios sob tensão ou componentes superaquecidos no ambiente de trabalho.

Mais um exemplo?

Relatórios, claro! Instantâneos e capazes de dar aos líderes uma visão geral da eficiência do processo, permitindo que tomem decisões mais assertivas.

 

IA sustentável

 

Em 2023, todas as empresas sofrerão enorme pressão para reduzirem o impacto no meio ambiente. Com razão. Esta — a Terra — é a nossa casa, afinal. O único planeta realmente habitável de que temos notícia até então.

Daí, pensando em IA, surge uma faca de dois gumes: a mesma tecnologia cuja estrutura necessita de muitos recursos e energia para funcionar também tem potencial para ajudar empresas a gerarem economias significativas de recursos e energia.

Percebe o dilema?

Por isso, caberá às empresas fazerem a balança pender ao lado verde da coisa, usando a IA, inclusive, para impulsionar a sustentabilidade nas mais diversas áreas e indústrias, em soluções computacionais capazes de reduzir atividades madeireiras e pesqueiras ilegais, por exemplo.

Não podemos seguir focados apenas nos lucros, não dá mais. Precisamos usar nosso exército cada vez mais surpreende de robôs para combater os problemas urgentes do planeta, como a emissão brutal de CO2.

 

2. Avanço da web3

 

No momento, grande parte das informações do mundo está armazenada em nuvens. As tais das clouds.

A tendência, porém, é que role um aumento significativo da descentralização do armazenamento de dados, que serão criptografados usando blockchain

Assim, nossas informações ficarão ainda mais seguras e nos veremos diante de novas maneiras de acessá-las e analisá-las.

Em 2023, uma das apostas é que os NFTs ficarão mais acessíveis e práticos também.

Funcionarão, por exemplo, como chave para interação com diversos produtos, serviços e experiências do universo digital.

Se hoje muitas pessoas só pensam em NFTs como arte digital estranha feita para malucos que não dão valor ao dinheiro, no ano que vem a coisa tende a ganhar contornos mais realistas e aplicáveis.

Muitas portas — ou portais? — estão se abrindo simultaneamente graças à tecnologia blockchain e precisamos ficar de olhos nelas se não quisermos ficar para trás.

 

3. Impressão 3D

 

Há dez anos, se alguém lhe dissesse que em 2023 seria possível imprimir objetos reais usando impressoras, certamente suspeitaria de loucura. E sairia de passo apressado, inventando que não tem tempo, que combinou de levar sua avó no campeonato de jiu-jitsu.

Mas isso já virou realidade, você sabe. Deve até ter dito um “não acredito” quando viu pela primeira vez. Certo? Passou os últimos anos hibernando e ainda não viu? Então se liga neste vídeo!

E a tendência é que esse tipo de tecnologia siga expandindo e causando impactos positivos, especialmente no setor biomédico e no industrial. Na área de healthcare também.

A tecnologia está com tanta força que, algumas empresas, já estão em busca de cargos bem específicos para atuarem nela. Como:

CX Program Manager

3D Printer Engineer

Emulation Prototyping Engineer

Robotics Trainer

AI Engeneer

 

4. Metaverso cada vez mais entre nós — ou vice-versa!

 

Muito se falou sobre o Metaverso em 2022. Mas pouco se fez nele, de fato.

Iniciativas legais rolaram, não podemos negar. Uma delas, inclusive, foi a primeira entrevista de emprego do mundo feita lá.

A tendência, contudo, é que as coisas fiquem realmente aquecidas no Metaverso do ano que vem em diante. Especialistas já até disseram que o Metaverso somará 5 trilhões à economia global até 2030.

Com o avanço do trabalho remoto, da realidade aumentada e da realidade virtual, é possível que o campo profissional seja um dos primeiros a fincar, de verdade, a bandeira no Metaverso. Onde surgirão ambientes para reuniões mais imersivas, nos quais os participantes conseguirão conversar, interagir, cocriar.

A Microsoft e Nvidia já até começaram a desenvolver plataformas de Metaverso para projetos digitais colaborativos. Vale ficar de olho.

Os avatares, também, que hoje geralmente são caricatos, devem ganhar aparências mais realistas, gestos e linguagens corporais singulares. E certos recursos de IA permitirão que ganhem autonomia, quase uma vida própria, atuando como nossos representantes no Metaverso sem que estejamos conectados.

 

5. Robôs terão aparência mais humana

 

Se você já assistiu ao filme Blade Runner, sabe bem do que estou falando. Se não viu, assim que terminar este post, corra para assistir. Comece pelo original, que pode ser visto no HBO MAX e em outras plataformas de streaming.

O filme se passa em 2019, num planeta distópico e bem diferente do que temos hoje. Nele temos uma sociedade mista, composta por androides e pessoas de aparência quase idêntica, até difícil de dizer quem é quem.

É só um filme, eu sei. E não quer dizer que em janeiro, já, seremos servidos por garçons robôs com feição idêntica aos originais que vemos hoje em nossos bares do coração. Não será tão rápido, e há várias questões — legais e éticas, inclusive — a serem discutidas antes de algo assim acontecer.

Mas… A tendência é que as máquinas não evoluam somente no quesito hardware, que as fazem agir cada vez mais como nós, saca? Pois elas caminham para carcaças cada vez mais parecidas às estruturas humanas.

E não é doideira afirmar que, num futuro bem próximo, eles serão usados no mundo real, atuando como recepcionistas, bartenders e acompanhantes para idosos e… Deixa pra lá.

Para ter uma noção, no Tesla AI Day, que rolou em setembro de 2022, Elon Musk revelou 2 projetos de robôs humanóides extremamente realistas E foi além: disse que estará pronta para receber pedidos entre 2026 e 2028.

Eles serão uma espécie de mordomo-máquina, um Alfred versão robô capaz de regar plantas, carregar coisas e realizar outras tarefas cotidianas.

E se engana se pensa que as tendências tecnológicas para 2023 acabaram aqui. Nada disso! Mas vamos dar um tempinho para você digeri-las e pensar em maneiras de usá-las em seu business. Pode ser? Aí a gente volta com a parte 2 que, talvez, pode até ser escrita por um robô. Vai que… Né?!

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Escrito por: Ricardo Coiro

Depois de anos como diretor de mídia, auxiliando clientes a aparecerem nos melhores canais de comunicação, resolvi me dedicar integralmente à produção de conteúdo, às palavras pelas quais sou apaixonado desde meu primeiro caderninho.

Escrito por: Ricardo Coiro

Depois de anos como diretor de mídia, auxiliando clientes a aparecerem nos melhores canais de comunicação, resolvi me dedicar integralmente à produção de conteúdo, às palavras pelas quais sou apaixonado desde meu primeiro caderninho.

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