Não tem como discutir. 2023 foi o ano em que a inteligência artificial estourou de vez. Ela marcou presença em diversos segmentos, passando por empresas gigantescas ao consumidor final. Marcas passaram a oferecer produtos e atendimentos com chatbot, enquanto usuários comuns utilizaram IA para resolver questões que foram desde a tradução de uma frase a criação de imagens do zero.
Todo mundo falou do assunto. Destacando novas ferramentas, aplicativos e outros usos para a novidade. Entretanto, o uso de IA generativa não foi só alegria. Muitas polêmicas surgiram com o passar dos meses, muitas delas que ainda estão em discussão. Então, para entrarmos mais no tópico, vamos conferir como o uso dessa tecnologia nos impactou nesses 12 meses de 2023.
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OpenAI e seu empolgante chatbot
Lançado em novembro de 2022, o ChatGPT não demorou nada para cair nas graças do público. Essa inteligência artificial generativa consegue responder questões comuns do dia a dia, mas também consegue criar artigos completos, poesias originais e, até mesmo, sinopses para ideias malucas.
As pessoas passaram a utilizar mais diariamente essa IA em 2023, marcando presença no trabalho, entretenimento e tarefas de casa. Alunos utilizaram para entender melhor questões da escola (alguns para fazer as lições para si), professores usaram as ferramentas da OpenAI para corrigir questões, preparar aulas e muito mais.
Escritores e roteiristas também encontraram utilidade no chatbot, pois diversos relatos pela rede indicaram que o robô é uma ótima opção para quebrar aquele momento travado na parte criativa, por exemplo.
Microsoft abraçou a inteligência artificial
Como uma das acionistas da OpenAI, a Microsoft estava muito interessada no que o ChatGPT conseguiria oferecer para a sua base de usuários. Não demorou muito para a empresa de Redmond passar a oferecer a ferramenta dentro do Edge, seu navegador de internet.
Atrelado ao Bing, buscador da marca, o robô conseguia responder às mais variadas dúvidas das pessoas. Além disso, há opções de humor, para oferecer textos mais sérios ou engraçados. Assim, o usuário não mais precisava acessar o site da OpenAI para utilizar a IA. Bastava abrir o browser e fazer uso da barra lateral direita.
Em setembro de 2023, a Microsoft decidiu transformar o Bing ChatGPT no Microsoft Copilot. Pode parecer que a mudança está apenas relacionada à nomenclatura, mas há muito mais. O novo serviço oferece recursos interessantes, como a possibilidade de criar aplicativos por meio de conversas no Power Apps, criar arte no Paint e editar fotos com maior facilidade.
Segundo a empresa, mais de 150 novos recursos foram adicionados.
Google também estreou no mundo da IA
Em março de 2023, o Google também lançou o seu próprio assistente baseado em inteligência artificial: o Bard.
Falando português, a tecnologia se baseia em um modelo de linguagem (LLM na sigla em inglês) para compreender o que o usuário está pedindo. Em seguida, oferece respostas às mais distintas necessidades. Em seu lançamento, o robô era mais limitado do que o ChatGPT. Ele trazia opções para criar textos, pedir dicas de lugares e buscar guias para tarefas variadas. Porém, com o passar do tempo, ele aumentou a sua gama de alternativas.
Muitos usuários ainda acreditam que o Bard tem muito a melhorar e que está atrás do ChatGPT e do Copilot. No entanto, não parece que o Google vai puxar a tomada dessa ferramenta tão cedo. Isso porque a empresa anunciou no dia 6 de dezembro que o Bard passará a se chamar Gemini.
O novo motor oferecerá o mesmo que o anterior, mas será capaz de compreender imagens e vídeos. O Gemini terá duas versões: o Nano, direcionado para dispositivos, e o Ultra, focado em tarefas mais complexas.
Inteligência artificial chegou em quase tudo no ano
Por fim, não foram apenas as “big techs” que marcaram presença no mundo da IA em 2023. Diversos outros aplicativos e companhias decidiram colocar os robôs para trabalhar.
O Spotify, por exemplo, passou a usar inteligência artificial para criar playlists para sua base de usuários. Chamado de DJ X, o chatbot sugere músicas e artistas, enquanto conversa com a pessoa. Tudo isso baseado nas preferências sonoras do indivíduo. Já o YouTube, do Google, trouxe o recurso de IA para a criação de vídeos na plataforma. Ela permite criar cenários sintéticos inteiros para funcionar como plano de fundo e dublar vídeos em diferentes línguas.
Outro exemplo que chama a atenção é o Duolingo, famoso app para estudantes de línguas. Desde março de 2023, a plataforma passou a liberar sua versão Max, um sistema de assinatura que oferece dois tipos extras de ensinamentos, ambos usando inteligência artificial. Uma das novidades explica o erro feito pelo usuário, dando dicas de como proceder em situações distintas. O outro traz conversas com o robô em tempo real para o estudante praticar.
No geral, 2023 se mostrou extremamente produtivo para o uso de IA. Milhares de companhias ou passaram a usar a tecnologia, ou começaram a fazer testes para implantá-la. Ninguém quer ficar de fora da comodidade dos robôs, então faz sentido ver isso em muitos lugares diferentes.
Você costuma usar inteligência artificial no seu dia a dia?
